Até 2025, a produção mundial de plástico aumentará 50%. “E eu com isso?”

Os números nacionais e globais a respeito da produção, consumo e descarte incorreto do plástico só crescem. Mas será mesmo ele o vilão da história? Mudança de comportamento das pessoas e da indústria pode ser a solução para a crise do plástico. E ela precisa acontecer agora!

Embora o índice de plástico pós-consumo reciclado tenha melhorado em 2019, estudos apontam que 80% do plástico dos oceanos foi descartado no continente e que 91% do plástico utilizado no mundo ainda não é reciclado.

Muito se fala dos efeitos ambientais negativos do plástico, mas é difícil imaginar a vida moderna e o desenvolvimento da economia sem ele. Um material de alta durabilidade e versatilidade com baixo custo tanto para a indústria quanto para o consumidor, se fosse banido, representaria um grande regresso para a humanidade. Seus aspectos positivos existem, sim, e são muitos:

Como se já não bastasse, o plástico também é 100% descartável, o que deveria poupar a natureza e gerar renda para famílias carentes, mas é uma característica mal aproveitada, já que, hoje, o Brasil recicla apenas 1,28% de todo o plástico comercializado, ficando muito abaixo da média global de reciclagem plástica – que é de 9%. 

Por todos esses benefícios, de acordo com um levantamento feito pela alemã Fundação Heinrich Böll, intitulado “Atlas do Plástico”, que considera o consumo de plástico em itens diversos, embalagens e garrafas e, até mesmo, de máscaras descartáveis, em menos de 4 anos a produção de plástico aumentará 50%. Uma projeção preocupante, já que grande parte dos resíduos plásticos recicláveis são descartados da maneira incorreta, acumulando em aterros sanitários, em lixões a céu aberto e, consequentemente, chegando às águas do planeta. 

“Se as tendências atuais continuarem, até 2050 nossos oceanos terão mais plástico do que peixes”.

Secretário-geral da ONU, António Guterres.

O Movimento RePEnse o Plástico, uma iniciativa que busca conscientizar e ensinar a população sobre a importância do descarte adequado do plástico, foi lançado em setembro com a campanha “O plástico não é o vilão” com a cooperação da BrasALPLA.

Para alcançar o seu objetivo de levar informações mais úteis às empresas e aos consumidores brasileiros, o Movimento traz à tona uma série de dados que ajudam a explicar o cenário calamitoso de poluição que vivemos atualmente e como reduzir os índices de resíduos plásticos descartados sem consciência poderia mudar e melhorar essa realidade, através da circularidade do material.

A conclusão é que a desinformação exerce um papel importante no descarte do plástico, uma vez que 65% dos brasileiros não conhece as regras de reciclagem do plástico e, por isso, o movimento convida todos a fazer uma reflexão: será que o plástico é de fato o vilão?

O apelo à mudança de postura passa a assumir a responsabilidade do problema ao invés de simplesmente culpar o plástico, outra vítima da desinformação, descaso por parte da população e da reduzida capacidade de reciclagem.

Para mais informações sobre o Movimento RePEnse o Plástico, basta acompanhar o nosso site e redes sociais.

Movimento Repense no Facebook e @movimento.repense no Instagram.

O Movimento RePEnse o Plástico veio para ajudar a sociedade a assumir sua responsabilidade no descarte correto, reciclagem e circularidade desse material.