7 evidências de que, se não existisse plástico, voltaríamos no tempo.

Um mundo sem ele seria, então, o Éden dos ambientalistas? Absolutamente, não! A grande ilusão das iniciativas antiplástico é acreditar que a culpa está no material e que substituí-lo por outras alternativas resolverá o problema, ao invés de propagar consciência e responsabilidade ambiental. 

Há alguns anos, blogs, celebridades, jornais e canais de televisão intensificaram a promoção da substituição urgente, cega e, na maioria das vezes, sem embasamento científico, do plástico no cotidiano, criando mudanças drásticas e pouco efetivas que geram um grande retrocesso ambiental, social e econômico. Afinal, a sociedade continua consumindo outros materiais e poluindo da mesma forma.

Além de ser incoerente, bani-lo se torna uma tarefa muito difícil, considerando que não existe um substituto à altura de suas vantagens. Sem o plástico, voltaríamos a usar mais vidro, papel, metal e madeira, elevando, inclusive, a taxa de devastação da Amazônia brasileira que, só este ano, já chegou a 33,4%.

Mais exemplos de tentativas frustradas são empresas trocando copos plásticos pelos de papel descartável, que possuem películas que os tornam impossíveis de reciclar, e o varejo impondo o uso de sacolas de papel ou tecido, consideradas “mais verdes”, mas que, na verdade, causam maiores impactos à natureza em comparação com as de plástico reutilizadas inúmeras vezes e descartadas da forma correta.

Depois de todas essas constatações, afinal, como seria o mundo sem o plástico?  

A agricultura seria mais dependente do clima

O trabalho árduo nas zonas rurais precisaria ser retomado para atender à demanda. Sem as muitas facilidades do plástico como, por exemplo, as mangueiras, dutos e canais de sistemas de irrigação e as estufas, a variedade e a quantidade de alimentos disponíveis no mercado diminuiria drasticamente.

O desperdício e o uso de conservantes químicos aumentariam

Sem o plástico amplamente usado nas embalagens, transporte e armazenagem, oferecendo resistência, maleabilidade e segurança, os alimentos não se manteriam frescos pelo tempo necessário e estariam mais suscetíveis a contaminações. 

Os meios de transporte voltariam a ser grandes e pesados demais
Carros de passeio, aviões, helicópteros, trens e navios utilizam plástico em sua estrutura. O que garante designs mais eficientes, seguros, duráveis e acessíveis. Sem falar que a leveza dos veículos influencia diretamente no consumo de combustível, evitando que toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera.

A construção civil não seria tão eficiente

Indo muito além dos equipamentos de proteção para os trabalhadores, o material é fundamental nas tubulações hidráulicas, pela facilidade de instalação, alta durabilidade e eficácia contra vazamentos, e nos isolantes térmicos, que evita o uso exagerado de aquecedores ou ar-condicionado, sendo um forte aliado da economia de água e energia elétrica. O plástico também é muito usado na fabricação de móveis e objetos de decoração.

O esporte mundial se tornaria limitado e mais arriscado
Uma vez que a maioria das atividades físicas exerce algum impacto nos atletas, sejam amadores ou profissionais, a evolução desse setor deve à expansão do uso de plástico no setor, através de equipamentos com função amortecedora, como capacetes, ombreiras, joelheiras, protetores bucais, tênis e muitos outros. Ele também é responsável por tornar a prática de esportes mais barata, considerando que é um material de baixo custo e facilmente encontrado.
 

Seria preciso abrir mão da tecnologia que temos hoje
O uso de smartphones, TVs, computadores, tablets, videogames e outros dispositivos eletrônicos e elétricos de uso doméstico ou industrial, só é possível graças ao plástico que, muito mais que leveza e acessibilidade, possui propriedade isolante, sua mais notável característica, protegendo usuários de choques.

Os serviços de saúde não estariam tão avançados
Com múltiplas aplicações laboratoriais e clínicas, o plástico traz mais conforto, eficiência e segurança para profissionais e pacientes. Se o blisters de comprimidos, por exemplo, não fossem de plástico, como seriam feitos? E as seringas, válvulas cardíacas e próteses? 

“O plástico é relativamente novo. Seu uso em larga escala não tem nem um século”, diz a pesquisadora Mara Lúcia Siqueira, do Laboratório de Embalagem e Acondicionamento do Instituto de Pesquisas Tecnológicas. 

Em 1950, a produção mundial era de 1,5 milhão de toneladas, uma mixaria se comparada aos atuais números que ultrapassam 400 milhões de toneladas por ano. O que, infelizmente, não houve junto com esse rápido crescimento, foi a conscientização da sociedade sobre seu descarte adequado. Mas nunca é tarde para fazer a coisa certa!

A principal vantagem do plástico que ainda não citamos, é que ele é 100% reciclável. Desta forma, é possível construirmos um ciclo mais sustentável, fazendo novos objetos e contribuindo para uma economia cada vez mais circular.

Para isso acontecer, já existem muitos Governos, empresas, projetos e movimentos engajados e investindo esforços, como o Movimento RePEnse o Plástico, que tem muito mais a dizer sobre esse material tão importante em vários aspectos.